Vantagens das Casas Modulares
Os prazos de entrega
de uma casa modular são realmente pequenos, podendo atingir apenas 3 meses.
Sendo constituídas por módulos já preparados de fábrica, a montagem no local final
pode ocorrer em apenas 48 horas.
Qualidade de construção
Visto serem
construídas totalmente dentro de fábricas, não sofrem qualquer impacto com as
diferenças de clima durante a sua construção. Além disso os métodos e materiais
são testados, controlados e supervisionados. Isto garante a qualidade uniforme
por todos os módulos produzidos. O seu óptimo isolamento é um dos grandes
resultados de todo este controlo.
Mobilidade
Imagine que vai mudar
definitivamente de local. Saiba que muitas destas casas, tal e qual como se
montam, são possíveis de desmontar. Os módulos vêm preparados para ser
novamente desmontados e montados noutro local.
Flexibilidade de expansão
Com este tipo de
construção é possível transformar um T2 num T3 num curto espaço de tempo. A
possibilidade de expansão é assegurada por muitas empresa, perante orçamento de
novos módulos e sua instalação.
Poderá adicionar assim mais módulos ou até atribuir outra finalidade a módulos já existentes.
Poderá adicionar assim mais módulos ou até atribuir outra finalidade a módulos já existentes.
Preço
Os preços das casas
modulares são usualmente inferiores de uma casa de construção tradicional. Este
valor dependerá obviamente do projeto selecionado (casas previamente
arquitectadas pela empresa ou casa à medida), da dimensão da mesma, entre
outros aspetos. Os valores são usualmente cotados ao módulo e ao tipo de
materiais instalados nestes.
Novas
tecnologias construtivas com vista à sustentabilidade da construção
Todos podemos fazer alguma coisa, e
o que fizermos agora conta mais do que em qualquer outro momento da história.
-John Elkington e Julia Hailes-
… História
Desde sempre, o Homem sentiu a
necessidade de satisfazer as suas necessidades básicas mais elementares. Com a
imaginação, o Homem foi paulatinamente recriando um novo mundo menos agressivo
ao seu bem-estar.
O Homem procurou, desde sempre,
proteger-se da agressividade do meio envolvente (condições climatéricas,
animais, ...,), com vista à sua sobrevivência. De início, há cerca de 4 milhões
de anos, o Homem era nómada e a sua permanência num determinado local era
condicionada pela abundância de alimentação espontânea e pela agressividade
climática do local. Como HOMO HABILIS e depois como HOMO ERECTUS, durante 2,8
milhões de anos, aprendeu a distinguir certos seixos e a transformá-los em
armas e ferramentas, a dominar e a produzir fogo e, a produzir abrigos com
forma de cabanas utilizando varas de madeira e as peles dos animais que serviam
para a sua alimentação.
Com a descoberta do fogo, passou
também a utilizar as zonas mais profundas das grutas naturais, protegendo a sua
entrada com amontoados de pedras. São estes os primeiros tipos de construções
de que há vestígios, tendo sido a madeira, as peles de animais e a pedra, os
primeiros materiais de construção.
Mais tarde, surgem os primeiros
trabalhos de barro cozido e as primeiras aldeias de casas circulares feitas de
lama com palha e telhados de colmo. O aparecimento destes aglomerados atesta
que o Homem tinha aprendido a se fixar em segurança e a viver em grupos de
“famílias nucleares”.
Com o domínio da agricultura, o
Homem procurou fixar-se nas zonas onde os terrenos eram mais férteis, passando
a ser sedentário. Estava assim iniciada a civilização, que se crê ter começado
na Mesopotâmia, região compreendida entre-os-rios Tigre e Eufrates.
Nessa altura, houve a necessidade
de encontrar novos tipos de abrigos, mais robustos e duradouros, evoluindo-se
para a utilização de alvenarias de blocos de terra amassados e para a
construção em alvenaria seca de pedra – sem materiais aglutinantes – de que
ainda se encontram muitos vestígios. A construção foi assim evoluindo através
da utilização e domínio de novos materiais como a pedra, a madeira, e mais
tarde o ferro.
Mais tarde, foi edificando
sobretudo por razões religiosas e de defesa de que são testemunhos os dólmens,
alinhamentos megalíticos, as pirâmides do Egipto e da América Central, a
grandiosa Muralha da China, entre outros. A construção passa a ser uma arte e
uma forma de afirmação entre os povos. Havendo a necessidade de materializar
construções cada vez mais grandiosas e sólidas, o Homem através da observação
do comportamento dos materiais que o rodeavam aprendeu a aplicar o
desenvolvimento das ciências como a física e a matemática à construção.
À medida que as exigências ao nível
da resistência das construções aumentavam, mais complexos se tornavam os
processos de transformação das matérias-primas a incorporar nos materiais de
construção. Os materiais deixaram de ser aplicados tal e qual como eram
extraídos da natureza, o que implicou, maiores consumos energéticos e maiores
dificuldades na absorção destes materiais pelos ecossistemas, aquando da sua
devolução, após o fim da vida útil das construções.
Nos finais do século XIX, surge um
novo material de construção que aparentava ser a solução para as crescentes
exigências funcionais dos materiais – economia, resistência e durabilidade.
Esse material é o betão e as suas
primeiras aplicações ocorreram próximo do ano de 1880, nessa altura ainda com
cal hidráulica com dosagem de 350 Kg a 400 Kg por metro cúbico e em trabalhos
que nada tinham a ver com a edificação. Mais tarde, passou a ser utilizado na
execução de paredes maciças, utilizando a técnica das paredes de taipa, nesta
altura ainda sem armadura. À medida que os anos foram passando, o Homem foi
sucessivamente interpretando e otimizando as características mecânicas do
betão, tendo corrigido o seu comportamento mecânico à tração através da
introdução de aço em varão. Surge assim o betão armado, o material de
construção mais utilizado, hoje em dia, na construção em Portugal e que se
suponha ser a solução milagrosa
para todos os problemas da
construção.
Com o passar dos anos, os defeitos
do betão armado foram surgindo e aquele material que de início se julgava
económico e eterno revelou as suas fraquezas: a sua durabilidade revelou-se
limitada e muito dependente de onerosas intervenções de manutenção e
reabilitação; os consumos energéticos despendidos durante o fabrico dos
materiais que o compõem – cimento e agregados – e durante as operações de
demolição e de reciclagem, bem como, a elevada quantidade de recursos naturais
exigidos por esta tecnologia revelaram-se incompatíveis com a escassa
disponibilidade de recursos existentes na Natureza.
No final dos anos 60, início dos
anos 70, começou a emergir uma forte corrente em defesa da natureza. A partir
desta época, a ciência e o progresso tecnológico ficaram um pouco
desacreditados pois, passou-se a considerar essencial para o bem-estar e
sobrevivência humana, a convivência em harmonia com a natureza.
Como resultado da crise do petróleo
da década de 70, foi iniciada a discussão em torno da poupança de energia. Ao
mesmo tempo, começa a despontar a consciência social acerca da fragilidade do
Planeta Terra, e a palavra ecologia passa a ser um termo bastante utilizado.
Esta discussão atingiu também a indústria da construção, primeiro ao nível da
energia despendida na fase de utilização dos edifícios e mais tarde ao nível da
energia necessária à produção dos elementos construtivos. Nas últimas décadas,
os elevados índices de emissões poluentes, a escassez de certos recursos
naturais e os desequilíbrios daí resultantes mantiveram a discussão na ordem do
dia.
Nos países mais desenvolvidos, as
preocupações ambientais e ecológicas revelaram que certos materiais e
tecnologias construtivas utilizados, como por exemplo, o betão armado, causam
grandes assimetrias no meio ambiente pois, a quantidade de recursos naturais
necessários a estas tecnologias e a uma indústria da construção em crescimento
exponencial, não é compatível com a capacidade de auto-regeneração desses
recursos.
### Com
a evolução da investigação científica, assistiu-se ao aparecimento de novas
tecnologias construtivas mais compatíveis com o equilíbrio ambiental, e ao
ressurgimento de certas tecnologias utilizadas já há muitos milhares de anos e
que tinham sido abandonadas na maior parte do globo, como por exemplo, a taipa
e o adobe. ###
Extraído de:
ESCOLA DE
ENGENHARIA – Departamento de Engenharia Civil
Mestrado em Engenharia Civil
-Novas tecnologias
construtivas com vista à sustentabilidade da construção
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