É um raciocínio simples de fazer.
Preciso de financiamento para investir em ativos, como:
·
Equipamentos produtivos
·
Instalações
·
Recursos humanos
·
Stocks
·
Saldos em clientes
·
Campanha comercial, com impacto de MLP
·
…
·
Ou, simplesmente, substituir responsabilidades
atualmente existentes, e a vencer.
A palavra chave é “Meios
Libertos” Líquidos (Capacidade de autofinanciamento)
Para alguns, será um termo conhecido, para outros, “!!!!!”.
Bem, como é um conceito fundamental na gestão/decisão de
investimento vs endividamento e, ao mesmo tempo, tão simples de analisar, venho
explicar, como se fosse uma cábula, tipo livro de “merceeiro”, o seu cálculo e
o seu impacto na gestão.
CONCEITOS:
Meios Libertos são:
·
Resultados gerados na empresa
·
Custos suportados do exercício que não originarão
pagamentos (Amortizações, Provisões e Ajustamentos)
A avaliação deste rácio permite analisar a capacidade da
empresa em:
·
Assegurar a manutenção do capital;
·
Remunerar os capitais investidos na empresa, que
próprios (dividendos), quer alheios (custos financeiros);
·
Garantir as comparticipações a entregar ao
Estado;
·
Assegurar a amortização da empresa
·
Assegurar o crescimento da empresa
Vale a pena distinguir 2 indicadores:
1. MLBT (Meios
Libertos Brutos Totais) = RAJI+Amortizações+Provisões
RAJI = Resultados antes de Juros e Impostos
2. MLL (Meios Libertos
Líquidos)= RL + Amortizações + Provisões
RL = Resultados Líquidos
Numa óptica
de investimento:
·
O MLBT
é o valor que a empresa tem disponível por ano para cumprir com os compromissos
financeiros assumidos e em curso (amortizações de capital alheio + juros), para
investir e para amortizar novos compromissos financeiros a assumir (capital e
juro).
·
O MLL é
o valor que a empresa tem disponível por ano para cumprir com os planos de amortização de capital alheio em curso, para
investir e para amortizar novos compromissos financeiros a assumir (capital e
juro).
RESUMO:
As decisões de investimento de um gestor dependem do conhecimento deste indicador, das variáveis que o influenciam e da sua expectável evolução.
ANALOGIA DE
GESTÃO:
Associem o tamanho de um copo ao valor anual deste
indicador. (ex. X M€)
A Água, desse copo cheio, traduz a liquidez disponível para aplicar
num ano em:
·
Pagamentos de planos de amortização de capital
alheio (bancos, fornecedores, estado, …)
·
Investir
·
Contrair novos financiamentos e suas
consequentes responsabilidades
·
Dividendos
NOTA: Não conseguem beber mais do que a água que está no copo.
Se a água do copo cheio não for suficiente, procurem de imediato uma
solução de reestruturação financeira.
Arriscam-se a morrer afogados !! e com saúde.